sábado, 30 de março de 2013

São Paulo – Box do Vinho: Um cantinho de amigos(as) na Mooca


Strogonoff de camarão

Poucos bairros de São Paulo carregam uma identidade gastronômica tão forte quanto a Mooca. Com forte presença de imigrantes italianos, a cultura da boa mesa é representada por um sem número de restaurantes familiares que oferecem boa comida de vovó e ambiente agradável para uma boa conversa. Afinal, na Mooca todo mundo se conhece!

Numa mesa tipicamente italiana, a boa comida não vive sem um belo vinho ou um suco de uva. Recentemente, o gosto do mooquense passou a valorizar e respeitar também os espumantes e cervejas especiais, prova de que na Mooca a tradição e modernidade são grandes amigas.

A Mooca também tem um cantinho que junta tudo isso, num ambiente pequeno e agradável que mistura loja de vinhos, empório, bar, restaurante e ponto de encontro entre amigos(as): o Box do Vinho, localizado numa esquina do Alto da Mooca. Para os amantes da boa mesa, é um verdadeiro achado.



Para quem não é da Mooca, é difícil imaginar que ainda existam lugares em SP onde é possível sentar-se à mesa e comer na companhia de amigos. Imagine um lugar onde o dono interage com todos, onde a conversa é livre e alegre, onde pessoas de mesas diferentes que não se conhecem tornam-se amigos(as) em 5 minutos. O Box do Vinho faz questão de manter este espírito, o que torna uma refeição um acontecimento que, entre uma taça e outra de vinho, pode facilmente durar a tarde toda.

Fundado em 2002, o Box do Vinho destaca-se em 5 aspectos: (1) variedade de vinhos e sucos de uva, (2) ótimo custo/benefício, (3) qualidade da cozinha, de onde saem pratos e petiscos de qualidade excepcional, (4) atendimento simpático e atencioso e (5) ótima seleção de cervejas especiais.



O atendimento é o ponto alto da casa – peça ao Sr. Léo para contar a lenda das “rolhas de cortiça encontradas na esquina das ruas Porto Alegre e Natal, exatamente no mesmo lugar onde floresceu um árvore em formato de taça de vinho, que segundo historiadores da BWU (Box of Wine University) datam do ano de fundação da Mooca (1556), reforçando a hipótese de que os primeiros habitantes da região já tinham o hábito de comemorar os melhores momentos da vida tomando vinho nesta esquina”. O cara é uma figuraça!

Nas prateleiras, vinhos dos principais países, com destaques para bons sul-africanos, australianos, chilenos e espanhóis, sempre com foco na relação custo/benefício. Aliás, oferecer um excelente produto com preço convidativo é o ponto forte da casa. Para as mulheres, destaque para o ótimo e mega docinho Duemezzo Moscato Dolce (R$ 39,90), que tem só 2,5% de álcool.

A linha de sucos de uva mereceria uma degustação! Além do “suco da casa” (R$ 7, 500ml), campeão de vendas, são mais de 10 marcas à disposição entre tintos e brancos.



A carta de cervejas ainda é tímida no quesito quantidade, mas excelente no quesito qualidade – a cada 2 semanas, entre 10 e 15 rótulos, entre loiras, ruivas e afins, ganham espaço nas prateleiras. Destaques para a gaúcha Coruja, na opinião deste blog a melhor artesanal brasileira, a catarinense Saint Bier Chopp Pilsen (R$ 17), com malte acentuado e presença de frutas no nariz, a inglesa Mocha Beer Batermans, que leva café arábica e chocolate belga na composição, além de algumas americanas e belgas, como as clássicas La Trappe e Chimay (R$ 18, 355ml).


As ótimas Coruja Extra Viva (esq) e Saint Bier Chopp Pilsen (dir)

Mas não saia de lá sem provar um dos pratos preparados pelo próprio Léo. O strogonoff de camarão (R$ 22) merece juras eternas de amor – prato bem servido, crustáceo grande, molho com leve toque apimentado. O bacalhau com batatas aos murros (R$ 32) leva uma posta de 300 gramas de lombo “Gadus Morhua” grelhado com brócolis, pimentão, cebola, alho, arroz e batatas aos murros, generosamente regado com azeite extra-virgem. Formam o cardápio da casa o camarão ao catupiry e a lasanha aos quatro queijos, ao sugo ou bolonhesa com Alcachofra (R$ 20).


Bacalhau com batatas aos murros

Na linha de petiscos, o bolinho de bacalhau (R$ 3,50) é sequinho e leva pouca batata na massa, o croquete de carne (R$ 3,50) é tenro e fica perfeito com um toque de Tabasco, o salame apimentado é o companheiro perfeito de uma boa cervejinha, e o sanduíche de pernil (R$ 10) bem recheado, temperado com muito azeite e servido no pão fresquinho está entre os melhores que já comi.


Torta de banana (acima, esquerda), petiscos para abrir o apetite: salame queijo, alho assado, azeitona e torradinhas (acima, direita) e o bolinho de bacalhau (abaixo)

Para arrematar, peça uma fatia de torta de banana (R$ 5), com casquinha crocante e recheio molhadinho.

Endereço: Rua Porto Alegre, 336 - Mooca
Telefone: +55 (11) 2028-7572
Horário de funcionamento: Segunda das 14hs às 20hs, terça e sábado das 10hs às 21hs, domingo das 9hs às 13h30.
Internet: http://www.boxdovinho.com.br/

domingo, 17 de março de 2013

Santo André – The Burger Map



O The Burger Map nasceu da paixão dos irmãos Fábio e Marcos Fernandes por hambúrgueres. Inspirados na obra “Hamburger America”, do cineasta/escritor George Motz, os dois fizeram uma expedição aos Estados Unidos em busca do “hambúrguer perfeito”. Durante um mês de viagem, eles cruzaram cinco estados americanos e provaram cerca de 60 receitas regionais.

O resultado dessa odisseia gastronômica aparece no cardápio da casa, um grande mapa do país com as especialidades de cada região. No total, são 20 lanches, todos feitos com 180 gramas de carne moída no dia, temperada apenas com sal e servida no ponto (rosado por dentro), bem acompanhados de ingredientes bem americanos como pastrami, guacamole, chilli, manteiga de amendoim, coleslaw, nachos, pico de gallo e pimenta jalapeño. O pão é tostado na manteiga e extremamente macio por dentro. Tudo bem gordo, bem suculento, bem fiel ao espírito da terra do Tio Sam.

sábado, 16 de março de 2013

O Viajante Comilão recomenda: Restaurantes em Buenos Aires



Decidimos passar 4 carnavais em Buenos Aires - 2010, 2011, 2012 e 2013. Se a primeira impressão foi a de que a capital portenha tinha uma oferta gastronômica com imbatível custo/benefício, com incontáveis lugares para comer muito bem e gastar pouco, as 3 viagens seguintes mudaram radicalmente nossa opinião. E, infelizmente, para pior.

Existem restaurantes muito bons em Buenos Aires, reconhecidos dentro e fora do país pela ótima gastronomia, mas o número de casas comparáveis às melhores de São Paulo, Rio de Janeiro ou mesmo Santiago (Chile) pode ser contada nos dedos de uma mão. Antes de entrar num restaurante, SEMPRE busque ótimas (e várias) recomendações, de fontes e pessoas diferentes. O mito de que qualquer portinha esconde um ótimo restaurante é mentira - sem referência, é fácil comer muito mal e pagar caro.

A carne portenha ainda é imbatível no quesito qualidade e suculência, mas as casas paulistanas diminuíram radicalmente essa diferença nos últimos anos. Sem falar que, sem boas referências, é fácil entrar num restaurante "pega-turista", comer uma carne dura e cheia de gordura, acompanhada por vinho ruim e ainda pagar caro. No quesito preço, as carnes portenhas ainda são mais baratas, mas os diversos complementos (guarnições, sobremesas, vinhos), além da galopante inflação dos últimos anos, praticamente empataram as contas.

Se no quesito restaurantes a cidade merece elogios e alguns cuidados, o mercado de sorvetes espanta a crise e atrai cada vez mais turistas. Reconhecida como um dos países que elaboram os melhores "helados" do mundo, existem mais de 100 sorveterias na Argentina, que totalizam mais de 1000 lojas, mais da metade em Buenos Aires. E felizmente para todos, concorrência significa alta qualidade.

No total, avaliamos 17 restaurantes e 4 sorveterias. Certamente a oferta gastronômica portenha é bem mais ampla, mas este guia tem por objetivo ser um ponto inicial para que você possa programar a sua viagem, sabendo onde comer muito bem, onde a cozinha demonstrou alguma instabilidade e onde a experiência foi um total fracasso.

Os restaurantes foram classificados em 5 grupos, de forma a facilitar sua escolha. No final do post, deixei um espaço para as sorveterias. Tenho certeza que algumas opiniões vão gerar polêmicas e discordâncias - se você já comeu em algum destes lugares e tem uma opinião diferente, por favor aproveite este espaço para registrá-la. Eu e os(as) demais leitores(as) ficaremos gratos.

Grupo 1 - "Tropa de Elite" da gastronomia portenha:

Grupo 2 - Ótimo custo/benefício. Vá sem medo:


Grupo 3 - Pero sí, pero no - tem coisas boas, mas também tem roubadas:



Grupo 4 - Não surpreendeu, não decepcionou, não faz mais que a obrigação:


Grupo 5 - Comida ruim, conta cara. Não valem a pena. Vá por sua conta e risco:



Sorveterias:

Sorvete na Argentina é negócio muito sério. Reconhecida como um dos países que elaboram os melhores “helados” do mundo, tem consumo “per capita” na ordem de 6 litros/ano, quase o dobro dos brasileiros.

O segmento de “helado artesanal” responde por quase 50% do mercado total de sorvetes do país, bastante disseminado em pequenos produtores familiares e grandes marcas que usam um modelo de expansão baseado em franquias – só Buenos Aires tem atualmente 800 lojas.

Com o perdão do trocadinho, o mercado de “helados” na Argentina está fervendo e, neste quesito, Buenos Aires desempenha papel de destaque, impulsionada pela retomada da economia, turismo em ebulição (com os brasileiros liderando a lista) e peso ainda desvalorizado. O mercado cresceu a taxas acima do PIB nos últimos anos, respondendo atualmente por uma produção anual de 150 milhões de litros.

Uma curiosidade é o sistema de “delivery”: em frente as “heladerias” sempre há dezenas de motos para fazer entrega. Em Buenos Aires, acredite, entrega-se mais sorvete do que pizza.

Entre as marcas mais famosas: Freddo, Persicco, Chungo, Un Altra Volta, Munchi’s e Arkakaó, que investem pesado em imagem: lojas modernas, bem decoradas e com mesinhas na frente estão espalhadas pela cidade, e vivem lotadas.



sábado, 9 de março de 2013

Buenos Aires – Hard Rock Café



Inaugurada em 1995, a filial de Buenos Aires ocupa 2 andares do Buenos Aires Design, shopping center localizado no coração da Recoleta. Nas paredes, ganham destaque objetos de artistas locais e nomes como Phil Collins, Paul McCartney, Megadeth, Rod Stewart, Bon Jovi e Michael Jackson. Consulte aqui a lista com os principais itens que fazem parte da  memorabília da casa.

Mas um dos itens que mais chama a atenção dos visitantes fica no pequeno palco, ao lado do bar: um belíssimo vitral, ao melhor estilo igreja católica, onde Beatles e Stones “cantam” juntos. Foto obrigatória!

Em sentido horário: memorabília nas paredes, guitarras no bar, vitral com Beatles e Stones "cantando" juntos e shopping Buenos Aires design, na Recoleta

quarta-feira, 6 de março de 2013

São Paulo – Sorveteria Freddo


Taça com 4 bolas de sorvete, farofa e calda de chocolate (R$ 22)

Que tal tomar um autêntico Freddo sem sair do Brasil?

Com lojas sempre lotadas de brasileiros que viajam a Buenos Aires e de argentinos orgulhosos de sua marca, a sorveteria Freddo, líder na fabricação de sorvetes artesanais, se tornou um símbolo do país pela sua qualidade e variedade de sabores.

Fundada em 1969 pelos primos italianos Luigi Aversa e Juan Guarracino (o primeiro foi um dos fundadores da Persicco, em 1931), tem atualmente cerca de 30 lojas na Argentina (20 das quais em Buenos Aires) e outras 85 ao redor do mundo, com forte presença na América do Sul (Paraguai, Uruguai e Bolívia), Inglaterra e Estados Unidos, nesta última em curso um forte plano de expansão.

A entrada no Brasil aconteceu no final de 2010, com a inauguração de uma loja no Shopping Iguatemi de Brasília. Em Abril/2011 a marca se instalou em São Paulo, em uma das belas casas da agradável rua Normandia, em Moema.

terça-feira, 5 de março de 2013

Buenos Aires – Museu dos Beatles



Maior museu sobre o Fab Four fora de Liverpool e único do gênero na América Latina, são cerca de 2 mil objetos em exposição rotativa, de um acerto total de 8,5 mil itens, a maior coleção particular do planeta.

Aberto em 2001, o museu colocou Buenos Aires no seleto grupo de cidades com exposições permanentes dedicadas ao quarteto que revolucionou a história da música, ao lado de Liverpool (Inglaterra) e Hamburgo (Alemanha).

Considerada pelo Guinness a maior coleção particular de objetos dos Beatles, a história do acervo de Rodolfo Vásquez teve início quando ele tinha apenas 10 anos de idade e ganhou o disco “Rubber Soul”, sexto álbum do grupo. A paixão pela música “In my life” foi imediata. Nos anos seguintes, o amor pela banda motivou a aquisição de qualquer objeto que fizesse alusão à banda. Muitos foram adquiridos em viagens e trocas com outros colecionadores do mundo inteiro.

O acervo retrata não apenas a carreira e a discografia da banda, mas também a vida pessoal dos integrantes. Fotos, registros, autógrafos, discos de ouro, roupas, relógios, pratos, bonecos e outras quinquilharias integram o impressionante acervo. Pessoalmente, acho que a coleção carece de objetos que tenham de fato pertencido a um dos quatro. Mas isso não torna a visita menos interessante, muito pelo contrário.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Buenos Aires – Tour La Bombonera e Museo de La Pasión Boquense



O Estádio “Alberto Jacinto Armando”, também conhecido como “La Bombonera”, está localizado na cidade de Buenos Aires e é a casa oficial do Boca Juniors. Inaugurado em 1940, tem capacidade para 49 mil espectadores.

Seu apelido deve-se ao formato retangular do estádio, que lembra uma caixa de bombons. A principal razão para isso é o terreno disponível para a construção, iniciada em 1923, não permitia o desenvolvimento de um estádio tradicional. A solução encontrada pelo arquiteto José Luiz Delpini foi criar três anéis de arquibancadas, de modo que quem assiste o jogo da terceira arquibancada tem de olhar literalmente para baixo se quiser assistir o jogo com clareza.

A fundação do Boca Juniors foi obra de cinco adolescentes, filhos de italianos e vizinhos de La Boca, bairro de trabalhadores imigrantes e forte identidade genovesa: Esteban Baglietto, Alfredo Scarpatti, Santiago Sana e os irmãos Juan e Teodoro Farenga. Tudo aconteceu na Plaza Solis, localizada perto do porto de La Boca, em 03 de abril de 1905. A praça ainda está lá, para quem quiser visitá-la.

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