sábado, 6 de junho de 2015

Top 10 Bogotá: Jardim Botânico



Fundado em 1955, é o maior jardim botânico do país, recebe cerca de 300 mil visitantes anualmente. Seus 35 setores distribuídos em uma área total de 19 hectares abrigam mais de 20 mil plantas de cerca de 4,5 mil espécies diferentes, com ênfase na flora andina. É possível conhecer os diferentes climas de cada região colombiana (páramo, floresta amazônica, paisagem andina, árido desértico, planície e pântano). É reconhecido com o Jardim Botânico com mais exemplares da flora tropical no mundo.

Leva o nome do naturalista, matemático e astrônomo José Celestino Mutis, encarregado de encontrar, investigar e classificar toda a flora da Nova Granada. Seu trabalho foi iniciado em 1783 com a Expedição Botânica do Novo Reino de Granada, uma das expedições científicas mais importantes do século 18, que durou 33 anos e como resultado catalogou 20 mil espécies de plantas e 7 mil animais.









Conta com representações de bosque andino, florestas de palmeiras e pinheiros, criptógamas (plantas que não produzem sementes, flores ou frutos, como as samambaias), herbal (plantas medicinais), jardim de rosas, exposições de orquídeas (considerada flor nacional da Colômbia) e bromélias, e circuito de estufas com plantas de clima quente, seco e chuvoso.

Seu herbário tem mais de 9 mil exemplares de plantas de 260 famílias, 1.180 gêneros e 2.400 espécies. É um dos mais respeitados do mundo, e faz parte do Index Herbariorum (IH) do Jardim Botânico de NY. O acervo online pode ser consultado aqui.


Mapa do Jardim Botânico (clique na imagem para visualizá-la em tamanho maior)

Nosso recorrido começa no “Jardin Introductório” (item (a) em branco no mapa), onde é possível observar grande diversidade de plantas aquáticas e terrestres, aprender sobre elas e compreender alguns conceitos básicos de botânica e ecologia. Ao lado fica o “Lago Principal” (item (9) no mapa), uma área de 2400 metros quadrados que reproduz um humedal (ecossistema aquático). Completam a paisagem uma grande fonte e a charmosa “Puente de Guadua”, uma ponte de madeira em arco que cruza o centro do lago.





Seguimos pela esquerda, em direção ao “Sistema de criptógamas” (item (23) no mapa), um dos três jardins sistemáticos que ilustram a classificação e os processos evolutivos das plantas (os outros são “Angiospermas” e “Gimnospermas”). Aqui estão as plantas mais antigas do planeta, conhecidas por não terem sementes, flores ou frutos, reproduzem-se por esporos e necessitam de um ambiente com alta umidade e sombra para viver. Nos fundos está o “Jardín De Los Helechos”, casa das samambaias. O passeio termina em uma cascata, e acima dela há um mirante com visão de todo o bosque.



Em frente fica a “Colección de Palmas” ou “Palmetum” (item (15) no mapa), área que abriga exatas 588 palmeiras de 50 espécies, com destaque para a “Palma de Cera del Quindío” (Ceroxylon quindiuense), declarada Árvore Nacional de Colombia en 1985, conhecida por ser a palmeira mais alta do mundo, podendo chegar a 60 metros de altura.

Nossa próxima parada é a “Maloca” (item (36) no mapa), tipo de cabana comunitária usada pelos índios da Amazônia e que serve de morada para diversas famílias. O chão é de terra batida, e o teto leva folhas de palmeiras. As malocas são escuras e cheias de fumaça, porque cada família acende uma fogueira debaixo da rede em que dorme para espantar os mosquitos e se aquecer nas noites frias.



Outra atração interessante é o “Bosque de niebla” (item (6) no mapa), uma área de 3.127 m2 que recria um bosque andino com diferentes tipos de árvores, arbustos e trepadeiras em um ambiente semi-fechado (quase um labirinto, diga-se) que facilita a adaptação das várias plantas. Antes de chegar lá, passaremos pelo “Ambiente de páramo”, uma uma área de 9.600 m2 dedicada a reproduzir um ecossistema intertropical de montanha, com mais de mil plantas de 130 espécies nativas diferentes.





Uma caminhada bastante agradável nos levará até o “Humedal Laguna de la Herrera” (item (10) no mapa), área de 6 mil m2 que recria um ambiente subxerofítico, uma espécie de “ilha desértica” no meio da planície andina, região conhecida pela baixa precipitação, solo seco e pedregoso, marcada por vegetação escassa com folhas reduzidas e transformadas em espinhas, caules carnudos, árvores atrofiadas e muitas vezes na forma de rosetas. Ainda nos fundos do Jardim Botânico encontramos o “Sistemático de Gimnospermas” ou “Colección de pinos” (item (22) no mapa), local com cerca de 500 espécies de pinheiros nativos, europeus e americanos.





Outra duas áreas bem interessantes são o “Bosque de Robles” ou “Robledal” (item (1) no mapa), um dos ambientes de maior importância ecológica no sistema montanhoso dos Andes Colombianos, área que busca reproduzir uma floresta de carvalhos, com o piso coberto com folhas secas; e o “Herbal de plantas medicinales” (item (17) no mapa), jardim que concentra mais de 100 espécies de plantas medicinais, aromáticas e especiarias, aqui é possível conhecer aquelas plantas usadas pela medicina natural como laxantes, diuréticos, purgantes, antigripais, analgésicos, estimulantes, antibióticos, vermífugos, alucinógenos e antiparasitas.


Herbal de plantas medicinales

Nossa última parada antes do Tropicario é o “Jardin del Fundador” (item (19) no mapa), praça construída em homenagem a Enrique Pérez Arbeláez, idealizador do Jardim Botânico, onde estão algumas plantas ornamentais, entre elas a árvore de quina (Cinchona officinalis), espécie emblemática na Expedição Botânica.

Chegamos no coração do Jardim Botânico: o “Tropicario”, ou “Circuito de invernaderos” (item (11) no mapa), é um circuito composto por seis salas de estufas climatizadas em diferentes temperaturas e conectadas por corredores que recriam os ecossistemas de diferentes regiões da Colômbia, com plantas de clima quente, seco e chuvoso. Destaques para a selva Amazônica, com um lago no meio (com direito a vitórias-régias), a ala dos cactos e a coleção de orquídeas e bromélias, com cerca de 5 mil exemplares de 700 espécies.




Orquídea "Oncidium luteopurpureum", flor-símbolo de Bogotá

Saindo do Tropicario temos a “Rosaleda” (item (14) no mapa), um belo jardim que concentra 73 variedades de rosas colombianas (sim, elas realmente são as mais bonitas do mundo) e híbridos ornamentais, incluindo variações de porte herbáceo, arbustivo e trepadeiras. No centro do jardim, uma fonte circular para relaxar com o barulhinho da água oferece boas perspectivas para os(as) fotógrados(as).





Atravessando a Rosaleda nos deparamos com uma alameda cercada de palmeiras dos dois lados, chamada “Corredor de Palmas” (item (39) no mapa), outro local que rende belas fotos. Ao lado está o “Jardin de plantas exóticas” (item (13) no mapa), plantas de porte herbáceo provenientes de outros países, introduzidas intencionalmente ou acidentalmente em Colômbia, de uso ornamental comum nos jardins da cidade e jardins privados.









Fechamos o passeio com a “Colección de plantas trepadores” (item (16) no mapa), um grande corredor com arcadas (ou pérgolas) que serpenteia o jardim de plantas exóticas. Espaço dedicado às trepadeiras, abriga cerca de 33 espécies incluindo a planta emblemática do jardim botânico, a “Flor de Mutis” (Mutisia clematis).





Endereço: Calle 63 # 68-95
Horário de funcionamento: segunda à sexta das 8hs às 17hs, sábado, domingo e feriado das 9hs às 17hs
Quanto custa: COP 2,700 para adultos, COP 1,400 para menores de 3 a 18 anos, grátis para menores de 3 anos e maiores de 60 anos
Internet: www.jbb.gov.co | Mapa do Jardim Botânico: http://www.jbb.gov.co/jardin/mapa

Como chegar: Desça na estação “Av. Rojas” de Transmilênio na Carrera 26 e caminhe cerca de 20 minutos pela Calle 70 até chegar a Carrera 63, vire à direita e caminhe mais 10 minutos até a entrada principal. Dá para trocar a caminhada por um táxi, a corrida sairá por COP 5,000.

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