domingo, 12 de julho de 2015

Bogotá – El Toro Manso (La Candelaria)


Bife de Angus

Restaurante argentino localizado no Centro Histórico, a poucos passos do Mosteiro Santa Clara e da Plaza de Bolivar, região que concentra outras 5 casas de cozinha portenha (as outras são Vía Buenos Aires, Mi Viejo, Rescoldos e Patagonia). Em linhas gerais, alterna bons pratos e opções dispensáveis, é preciso saber o que pedir para não sair decepcionado. Aposte no El Toro Manso para carnes e sobremesas, já o Vía Buenos Aires é superior nas entradas e no ótimo salmão grelhado.









Instalado no térreo de um dos edifícios tombados no entorno do Palácio Nariño (sede do Poder Executivo colombiano) e que no século 18 foi sede de um convento de irmãs clarissas, o interior restaurado valoriza a arquitetura do local, com tijolos à mostra e arcos romanos. A decoração em estilo colonial inspira-se nos antigos cafés portenhos, as paredes são adornadas por objetos, imagens antigas e alguns quadros, o chão é de lajota e os móveis são de madeira escura.





O local é frequentado principalmente por engravatados, executivos e funcionários públicos que trabalham nos arredores, o que exige um atendimento de alto nível. Ele corresponde às expectativas, os funcionários são prestativos e a cozinha trabalha com eficiência para que os pratos não demorem a sair.


Couvert: Tajada (banana do tipo "plátano maduro" cortada em fatias e frita em azeite) com chimichurri, molho de pimentão e manteiga

A carta de entradas oferece os clássicos obrigatórios da cozinha portenha. Não poderiam ficar de fora as empanadas, com boa quantidade de recheio e fritas ao invés de assadas, disponíveis em três versões: carne, queijo e cebola, e uma combinação de queijo mussarela, tomates e manjericão (COP 2,900 cada). A carne deles é moída ao invés de picada na ponta da faca, o que absorve grande parte do molho e deixa seu interior seco e pouco saboroso. A de queijo e cebola não surpreende, já a de queijo e tomates valoriza a combinação de ingredientes, de longe é a melhor da três.


Empanada de carne


Empanada de queijo mussarela, tomates e manjericão

Para quem gosta de morcilla, a versão da casa (COP 7,900) tem interior com boa consistência, pele bem fininha  e sabor intenso. Outras opções para abrir a refeição são o chorizo artesanal (COP 7,900) e a “picada” (COP 19,900), uma pequena degustação para compartilhar que combina morcilla, chorizo, chinchulines (intestino delgado), morrones (pimentões assados) e beringelas.

A oferta de carnes tem mais de 10 opções de cortes nacionais, com preços mais em conta (entre COP 23,900 e COP 32,900 por cortes que variam entre 250 e 400 gramas) e apenas uma opção importada da Argentina, o chamado “Bife de Angus” (COP 44,900), um belo corte de filé mignon com 350 gramas e quase nada de gordura. Temperada apenas com sal e pimenta, chega à mesa selada, levemente tostada por fora e rosada por dentro, preservando os sucos, suculência e a maciez característicos do corte. Sem dúvidas um belo investimento para os carnívoros de plantão.


Bife de Angus

Além das carnes, é possível pedir um hambúguer de 220 gramas, acompanhado de queijo, alface e tomate (COP 10,900). Opção para quem quer comer muito e pagar pouco, o lanche é grande, o que faz dele uma boa relação qualidade/preço. Não espere nada acima da média, a qualidade da carne é pouco superior a do Burger King, e olhe lá (na região, o hambúrguer do The Pub ainda é o melhor). É possível acompanhá-lo por fritas (adição de COP 6,000), mas eu pessoalmente recomendaria trocá-las por duas empanadas, é muito mais negócio. Já a adição de bacon (COP 2,900) vale muito a pena, são duas fatias em compridas, fininhas e tostadinhas, que dão um baita “up” no sanduíche.


Hambúrguer

O salmão grelhado (COP 30,900) é outra opção que não surpreende, é só um pescado preparado na grelha. Pessoalmente o pescado não me agradou, o sabor me lembra um salmão de qualidade inferior.


Salmão

A lista de cervejas traz rótulos nacionais e importados, como a refrescante Corona (COP 9,900), entre os sucos há opções como lulo (COP 4,900) e tangerina (COP 6,900), já a carta de vinhos é bem sucinta, apenas um apanhado de rótulos argentinos e chilenos com preços ligeiramente salgados. Entre as opções em meia-garrafa, o Casa Silva Reserva Carmenère 2012 (COP 41,900, 375ml) é um exemplar clássico da uva-símbolo do Chile, com o típico aroma de compota de ameixa e a picância no paladar presente em todo bom Carmenère.


Casa Silva Reserva Carmenère (esq) e suco de lulo (dir)

A única sobremesa que provamos foi o ótimo queijo fundido com doce de leite (COP 7,900), duas longas fatias de queijo costeño (levemente maturado e salgado) derretidas no forno e intercaladas com bastante arequipe, o doce de leite colombiano, que assim como o argentino tem cor escura e sabor intenso. Exemplo de “comfort food”, a combinação doce de leite e queijo é clássica e antiga, perfeita para um prato reconfortante e de boas recordações.


Queijo fundido com doce de leite

Endereço: Carrera 8 # 9-09
Telefone: +57 (1) 3419279
Horário de funcionamento: Segunda à sexta das 12hs às 16hs, fechado sábado e domingo.

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